domingo, 7 de setembro de 2008

CADA UM NO SEU QUADRADO


Andei devagar por aí, de blog em blog e vi algo que me chamou atenção: as dificuldades que alguns de nossos colegas tutores se deparam quanto as instalações do curso em sua respectiva região. Alguns, mais que outros, se "acabam" de tanto correr atrás de uma ajudinha aqui, outra mãozinha dalí para que tudo dê certo no fim do processo. Cada qual com suas dificuldades e limitações nos ossos de seus ofícios e, graças a Deus, com bônus de histórias de superação para contar!

Fiquei cá - depois do ótimo passeio nos blogs - a pensar, como são inversamente desproporcionais as situações de município, ou região, ou cidade - como queira - para outro (a)! E com esses pensamentos do lado de cá, vi que em Santo Antonio do Descoberto - GO somos agraciados com todo apoio possível (em se tratando de município) da secretaria de educação e prefeitura municipal que têm se empenhado em uma aliança com vistas para a melhoria do ensino-aprendizagem em nossas escolas. É claro que também temos nossas limitações por aqui, mas não tão angustiante como seria não poder contar com suportes e instalações adequados para a realização de nosso trabalho!

Temos o privilégio de ter um 3º andar de uma escola particular todo para nós que representamos o CFORM no município e com os suportes possíveis como materiais tecnológicos de som a projetor multimidia e aqueles que já foram considerados tecnologia de ponta: resmas de papel, papel pardo, flip charp e outros. Isso tem sido um ótimo incentivo para a equipe que se desdobra todas as terças-feiras para além de estar preparado com os conteúdos já previamente descutidos e estudados com os formadores e colegas na UNB, proporcionar algo que consideramos imprecindiveis em nosso encontros semanais. A pedagogia do culturalmente sensível. Sim, pois nossa realidade aqui é bem heterogênea... em meus encontros, a título de exemplo, temos cursistas que não são habilitados em letras a grande maioria pra ser um pouco mais preciso o que me preocupou bastante, já que o atrativo maior do curso foi a sigla UNB nos certificados de 180 horas. Mas... mesmo com esta verdade (triste para mim) temos tido encontros maravilhosos e este fato supracitado não tem soado tão dissonante com nossos objetivos. Tem sido momentos de descobertas (extras, diga-se de passagem) para mim também, uma vez que tenho tido que unir forças, simpatia, diplomacia, competência, paciência, angústias e alegrias. Isto tudo em quatro horas de curso! Não sabia que era possível! rs Mas deve ser porquê minha mãe me apresentou isto por outro nome: jogo-de-cintura...

Enfim, cada qual no seu quadrado! E a gente sempre gosta de olhar o quadrado do outro pra se certificar de que está tudo mais ou menos distribuído como no nosso. Por exemplo, eu adoraria (falo em nome da equipe daqui) ter o apoio da EAPE, participar das reuniões e trocar experiências, levar e trazer soluções, sugestões, críticas e principalmente confiar numa equipe que concilia de maneira impecável os assuntos dos fascículos com o pedagógico que dominam.
No meu quadrado, nas horas do planejamento só tem cabido eu pesquisador e Deus! rs O importante é que tem dado tudo certo e temos visto o crescimento de cada um se revelar de forma magnífica! É processual, as vezes lenta, outras em ritmo mais andante, mas a aprendizagem vem ganhando força. É gratificante trabalhar um conteúdo e perceber que os cursistas, mesmo com as limitações que carregam, buscam contextualizar o mesmo em suas diversas vivências e experiências sócio-culturais.
Contudo, acreditando uns nos outros e no poder do conhecimento que temos a nossa disposição, cada qual em sua realidade, faremos uma diferença colossal no conceito de Educação que conhecemos. Não só seremos o diferencial, mas também a desconstrução necessária de mitos e paradigmas que se denominaram livremente como grilhões de nossa vontade de superação!

Um abraço e beijo a todos e boa sorte para cada um de nós!!!

Um comentário:

Pat Vieira disse...

Silas, esse teu post me deixou feliz nesse fim de noite... Sou uma otimista por natureza e pensar no sucesso cotidiano me parece mais válido do que no sucesso a longo prazo.
Que teus dias sejam de pequenos sucessos cotidianos.
Patrícia Vieira