domingo, 5 de outubro de 2008

Poder da maquinaria discursiva


Sexta-feira, 26 de setembro, foi mais um dia no calendário. Não um calendário qualquer. Um calendário quinzenal que exige esforço, predisposição e energia para deixar a cama cedo, mais cedo que o usual para alguns ou maioria, não sei... ao menos para mim...

Contudo não posso dizer que não gozo de uma motivação superior a essas minúcias pessoais. Estudar na UnB! Estar com pessoas distintas no que diz respeito a um interesse em comum – a Língua Portuguesa. Ter como formadoras pessoas que tem magia na boca para me encher de entusiasmo e me fazer sentir que não estou só quando o assunto é sonhar com um ensino melhor e uma unificação e/ou, claro, a multiplicação de saberes! Discutir assuntos, que longe de serem tomados por simplórios, com o grupo é mexer com uma maquinaria muito engenhosa, ruidosa, nem sempre desafinada, as vezes descompassada, mas para encontrar o ritmo. Maquinaria esta que produz nos finais de trabalhos experiências fantásticas provando mais de uma vez que a polifonia que trago comigo é importante para a polifonia dos outros colegas e vice-e-versa. Somos polifônicos na maioria do tempo e na outra maioria do tempo somos nós mesmos brincando com nossa subjetividade! E por falar nisso... Como diriam os ingleses: it´s amazing! Sempre volto extasiado. Se não for com tudo, garanto ser impossível não ser com algo específico. Mas seja o que for ou como for, tenho certeza que haverá uma procriação ainda mais notável resultante daquilo já comigo com o que me compartilharam. E assim segue esta maquinaria discursiva desconstruindo, reconstruindo, criando e recriando mitos, saberes, sonhos, concepções...

Nesse dia, não foi diferente. Algumas surpresas logo pela manhã encontrando minha primeira professora de lingüística na Universidade Estadual de Goiás, Caroline Rodrigues ministrando o encontro pautado em coerência e coesão textual. Não tinha me dado conta do valor real de sua passagem em minha vida acadêmica. Foi muito bom!

No turno vespertino, tivemos o professor Dioney Gomes provocando o grupo com um momento de “socialização de experiências” sobre o filme Desmundo por ele sugerido como instrumentação de trabalho e pesquisa dentro dos estudos sobre Mudança Lingüística no fascículo 6 do módulo 2 por Marcos Bagno. Diga-se de passagem, uma ótima sugestão. Tanto que podemos notar o resultado nesse momento de socialização – o primeiro e único do turno para mim. O que me deixou um tanto chateado com as condições impostas pela nossa secretaria que cede o transporte: só poderia ficar até as 16 h na UnB. O que já tinha ocorrido em encontros anteriores prejudicando nossa imprescindível participação no curso (falo em nome da equipe SAD). Por este motivo me (nos vimos) vi obrigado(s) a deixar o grupo mais cedo perdendo significativamente alguns elementos para nossa formação!

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